Aleitamento materno também é tarefa de pai

Matérias Por Conexão Médicos - 26/07/23

Liderada pela Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (WABA, na sigla em inglês), a campanha do Agosto Dourado enfatiza a importância do aleitamento materno exclusivo pelo menos até os primeiros seis meses de vida do bebê. Isso diminui em 13% a mortalidade até os 5 anos, evita diarreia e infecções respiratórias, reduz o risco de alergias, diabetes, colesterol alto e hipertensão, melhora a nutrição e age contra a obesidade.

O aleitamento materno é o padrão-ouro de qualidade em alimentação infantil. Mas, como destaca o Dr. Lúcio Colamarino Cury, pediatra e alergologista credenciado da rede Amil, essa não é uma missão só das mulheres. “As mães podem e devem contar com o apoio dos companheiros para cumprir essa tarefa tão vital para a saúde dos filhos. Eles podem fazer coisas para proporcionar maior tranquilidade e conforto para a mãe, levar a criança até ela e auxiliar em tarefas da casa e nas relacionadas ao bebê”, exemplifica. “Sentindo-se acolhida e protegida, a mãe se torna uma melhor nutriz, uma vez que o aleitamento tem relação com a ocitocina, o hormônio do prazer e bem-estar. Quando mais ocitocina ela tiver, mais prolactina e, consequentemente, mais leite terá à disposição do seu bebê”, acrescenta.

Os pais também podem ajudar a amamentar o bebê com o leite previamente ordenhado das mães. “Tenho pacientes com vida profissional muito ativa que reclamam de sentirem-se cansadas e cogitam usar mamadeira com fórmulas de leite para serem ministradas durante a madrugada. Mas por que não combinar com o pai para ele garantir pelo menos uma mamada na madrugada? Basta ordenhar o leite materno, congelar e descongelar na hora de dar para a criança, conseguindo a mãe dormir um pouquinho mais”, diz o Dr. Lúcio.

O envolvimento do pai também fortalece seu relacionamento com o bebê. “O contato da mãe com o bebê é desde a concepção; o do pai é no nascimento, o que torna o momento do aleitamento uma oportunidade para estreitar relações entre eles”, afirma o médico.

 “Meu foco sempre é conscientizar as pacientes sobre os benefícios do aleitamento materno, que também impacta positivamente o desenvolvimento neurológico e psicomotor da criança, além de funcionar como uma vacina, tendo uma presença enorme de anticorpos. Mesmo que eu não consiga convencê-las da necessidade e dos ganhos do aleitamento exclusivo, caso elas optem por recorrer a fórmulas, me empenho para que o façam pelo menos de forma mista, sem nunca abandonar o aleitamento materno”, afirma o Dr. Lúcio. Afinal, como reforça o Agosto Dourado, esse é o padrão-ouro da alimentação infantil.

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