Diagnóstico preciso melhora o tratamento da síndrome do olho seco

Matérias Por Conexão Médicos - 28/02/24

Oftalmologistas dispõem de recursos específicos para identificar as causas e intervir diante de um problema que está ficando cada vez mais comum no mundo moderno.

Poluição, ambientes secos, envelhecimento da população e aumento do tempo de exposição às telas de dispositivos eletrônicos é a combinação que explica o aumento de casos da síndrome do olho seco, problema crônico derivado de alterações da lágrima que impactam sua quantidade ou qualidade ou ambas. As consequências são o ressecamento dos olhos, vermelhidão, coceira e desconforto. As mulheres com mais idade são as mais afetadas. Asiáticos também são sensíveis ao problema.

“As lágrimas nos beneficiam a partir de um sistema que envolve glândulas lacrimais, glândulas de meibômio, pálpebras, córneas, conjuntiva e canículos lacrimais. Qualquer alteração nesse complexo de componentes pode desencadear mudanças na produção das lágrimas, na sua circulação e na sua ação na superfície ocular”, explica o Dr. Virgilio Centurion, oftalmologista do Instituto de Moléstias Oculares, credenciado da rede Amil.

Além disso, a síndrome pode estar associada a doenças oculares, como blefarite (inflamação das bordas da pálpebra), e a males sistêmicos, como artrite, lúpus, Parkinson, síndrome de Jsögren e alergias dermatológicas. Medicamentos também podem causar distúrbios lacrimais, como descongestionantes, antialérgicos, antidepressivos, tranquilizantes diuréticos e anti-hipertensivos, entre outros.

Para o diagnóstico, são usados recursos bem específicos, como o TOS, teste para avaliação de olho seco realizado com apoio de equipamentos. São observados aspectos como altura e volume do menisco lacrimal, grau de hiperemia ocular, coloração e osmolaridade corneana, além das condições de saúde das glândulas de meibômio por meio da meibografia. Eventuais componentes inflamatórios também são investigados.

Interessa aos especialistas descobrir se a síndrome do olho seco está vinculada a disfunções das glândulas de meibômio (classificada como doença do olho seco do tipo evaporativo), à deficiência de produção aquosa ou, ainda, a causas mistas.

A partir dessas informações é traçado um plano de tratamento personalizado, combinando medidas gerais com medidas específicas em função de cada caso. 

Medidas gerais 

  • Controle ambiental para minimizar efeito da secura nos olhos;
  • Moderar o uso de eletrônicos;
  • Verificar efeitos colaterais de medicações visando substituições.

Medidas específicas 

  • Higiene das pálpebras com uso medicamentos;
  • Uso de colírio;
  • Aplicação de gel;
  • Tratamento térmico nos olhos para melhorar o funcionamento das glândulas de meibômio. Podem ser usadas compressas ou ser feita a aplicação de energia térmica localizada via aparelho em espaço ambulatorial.

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