Amil engajada no Dezembro Laranja

Matérias Por Conexão Médicos - 08/03/23

Campanha disseminou informações sobre como prevenir o câncer de pele, que representa cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país.

 

Por ano, o Brasil registra mais de 185 mil novos casos de câncer de pele, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o que representa 30% do total de tumores malignos diagnosticados no país. O melanoma, tipo mais agressivo, embora menos incidente (3% dos casos), causa cerca de 2 mil mortes por ano, enquanto o não melanoma responde por 2,6 mil óbitos/ano. São números que mostram que é preciso rever uma visão observada frequentemente de que o câncer de pele não é uma doença assim tão grave. Avanços no diagnóstico e tratamento têm sido registrados, mas o recado que precisa ser destacado é a importância da prevenção, foco das campanhas do Dezembro Laranja.

Na sua missão de promover saúde, a Amil engajou-se nas ações desse mês colorido, com a divulgação de conteúdos nas mídias sociais orientando sobre como se prevenir, sem deixar de tomar sol, fundamental para manter os níveis adequados de vitamina D. Além disso, a Amil promoveu uma palestra virtual sobre o tema para os servidores da Fundação Casa.

“O engajamento das empresas de saúde nessas ações é importantíssimo. Além de estimular a prevenção, chama a atenção das pessoas para observarem lesões que podem ser malignas ou pré-malignas e importância de procurar um médico. Esse diagnóstico pode ser a diferença entre a vida e a morte”, afirma o Dr. Murilo Drummond, dermatologista da rede credenciada Amil.

Segundo ele, médicos de outras especialidades também podem contribuir para o diagnóstico precoce, orientando seus pacientes a consultarem um dermatologista caso observem lesões de pele suspeitas.

“Uma lesão perigosa pode ser brilhosa ou ulcerada, indicativa do câncer tipo basocelular; descamativa, do tipo epidermoide; ou uma mancha pigmentada, característica do melanoma”, explica o Dr. Murilo, lembrando que se o paciente tiver mais de 20 lesões, mesmo que pareçam benignas, é fundamental buscar um serviço especializado.

Avanços em várias frentes

Importantes aliados da prevenção, os protetores solares evoluíram e, atualmente, têm fator de proteção contra raios UVA e UVB. A barreira criada pela associação de dióxido de zinco com dióxido de titânio também está cada vez mais aprimorada. Além disso, as roupas feitas de tecidos que filtram os raios solares têm um bom efeito protetor.

Um alerta importante: quem passa horas à frente do computador também deve usar protetor. “Estudos comprovaram que o tipo de luz emitida por esses equipamentos tem efeito no fotoenvelhecimento cutâneo e em alguns casos de câncer de pele”, alerta o Dr. Murilo.

O diagnóstico precoce foi facilitado com o dermatoscópio, equipamento que permite identificar a lesão ainda na fase muito inicial de ceratose actínica. Uma abordagem bastante utilizada é a dos campos de cancerização, ou seja, a avaliação de áreas delimitadas em regiões de mais provável desenvolvimento de um câncer de pele, como couro cabeludo, a fim de detectar lesões pré-malignas.

Para casos de lesões mais graves, um dos recursos é a cirurgia micrográfica de Mohs, uma técnica que passou por aprimoramentos, simplificando o processo de tratamento. Ela permite identificar e remover todo o tumor, preservando a pele saudável em torno da lesão. Já em alguns casos de lesões inoperáveis, principalmente o carcinoma epidemoide, o uso de radioterapia tem se mostrado eficaz e com maior chance de cura. Em termos de medicamento, o Dr. Murilo destaca o vismodegib, opção para casos raros de carcinoma basocelular que se espalhou.

Todos esses avanços são bem-vindos, mas, como enfatiza o Dezembro Laranja, o melhor é prevenir.

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