Avanços diagnósticos aperfeiçoam o tratamento do diabetes

Matérias Por Conexão Médicos - 26/09/23

A dosagem de anticorpos contra células produtoras de insulina e o desenvolvimento de novos exames genéticos estão permitindo a identificação mais precisa dos tipos e subtipos de diabetes, aumentando a efetividade dos tratamentos e barateando custos. Estamos aumentando a sofisticação no diagnóstico dos diversos tipos de diabetes, com isto conseguindo um melhor tratamento, especificando a qualidade desta terapia.  

Num passado não tão distante, o tratamento do diabetes era organizado apenas em torno de dois grandes grupos: o diabetes tipo 1 (caracterizado pela incapacidade do corpo produzir a insulina, mais comum em jovens) e o tipo 2 (resistência do próprio organismo à ação da insulina e posterior falência pancreática da insulina, mais comum em obesos e após os 40 anos). Mas, com o aperfeiçoamento das tecnologias diagnósticas, os endocrinologistas estão cada vez mais pautando suas condutas terapêuticas em função da existência de outros tipos da doença, além de subtipos do diabetes.

“Avanços diagnósticos conquistados nos últimos cinco anos têm permitido identificar com mais precisão os motivos fisiopatológicos que levaram ao diabetes, um fruto que vem refinando o diagnóstico de cada paciente”, detalha o Dr. Nelson Vinicius Gonfinetti, endocrinologista credenciado da rede Amil.

A dosagem de anticorpos contra as células produtoras de insulina, por exemplo, já permite aos médicos saberem com precisão quanto um paciente é mais ou menos insulinopênico ou resistente à insulina. “A consequência é a aplicação de tratamentos mais individualizados e efetivos. Passou não ser raro, por exemplo, diagnosticarmos diabetes tipo 1 em pacientes bem acima da faixa etária habitual”, pontua o Dr. Nelson.

Exames genéticos que seguem em desenvolvimento também estão tornando mais evidentes defeitos na produção de insulina, apontando para outros tipos de diabetes que até então seriam classificados como tipo 1 ou 2.

“Com essas conquistas estamos melhorando os tratamentos para o diabetes e evitando que os pacientes sofram com as possíveis complicações advindas da doença. Ou seja, ao protegê-los de modo mais eficaz, estamos fazendo que ele tenha o diabetes de forma mais leve e não progressivo, e também melhorando a relação custo-efetividade do seu tratamento”, afirma o Dr. Nelson.

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