Hérnia de disco: precisa operar?

Matérias Por Conexão Médicos - 08/03/23

Cerca de 95% dos casos dispensam cirurgia. Mas quando ela é necessária, modernos procedimentos garantem que os pacientes retomem completamente suas atividades, livres de dores e déficits neurológicos.

A hérnia de disco, caracterizada por dores irradiadas em uma das pernas e no nervo ciático, é a doença do disco vertebral jovem. É comum em homens e mulheres a partir dos 30 anos, embora possa acometer indivíduos na faixa dos 50 e 60 anos.

Na grande maioria das vezes, o problema de degradação dos discos vertebrais proveniente do excesso de carga motora gera herniações na parte posterior ou lateral do disco. A doença é mais frequente na coluna lombar, mas também pode acorrer na coluna cervical e torácica.

“Cerca de 95% dos casos não demandam cirurgia. São pacientes que se beneficiam com um tratamento de suporte, com administração de analgésico, anti-inflamatório, relaxante muscular e medidas fisioterápicas para controlar a dor e garantir a qualidade de vida”, afirma o ortopedista da rede Amil Dr. Paulo Ramos, especialista em cirurgia da coluna.

Depois do tratamento da doença na fase aguda, para os casos que não melhoram nas seis ou oito semanas seguintes podem ser indicadas infiltrações para bloqueios locais do sistema nervoso. Em geral, o próprio organismo é capaz de reabsorver as partes gelatinosas que escapam dos discos vertebrais. Mas sem a proteção desses tecidos protetivos, os discos vertebrais afetados ficam expostos à degeneração, evoluindo sempre para a doença degenerativa do disco vertebral.

A cirurgia – a microdiscectomia ou a discectomia endoscópica – torna-se mandatória quando surgem déficits neurológicos. “Nesses casos, que podem ser comprovados por exames de imagem como a ressonância magnética, os fragmentos dos discos herniados passam a comprimir raízes nervosas na coluna vertebral, provocando dores e disfunções neurológicas, como alteração da sensibilidade e da força”, explica o Dr. Paulo.

Atualmente, para retirar esses fragmentos de disco que causam os sintomas, são adotadas técnicas minimamente invasivas, com o uso de modernos microscópios neurocirúrgicos e videoendoscopia de coluna. Com a cirurgia, o paciente obtém a pronta eliminação das dores e progressiva melhora das eventuais alterações neurológicas.

Depois da cirurgia, é importante a reabilitação fisioterápica, além de mudanças de hábitos de vida e alterações ergonômicas nas atividades do trabalho e do dia a dia. A atividade física é sempre recomendada, como bem ilustra o caso do astro do golfe internacional Tiger Woods, que foi campeão duas vezes depois de ter sido operado duas vezes de hérnia de disco. Ou seja, depois da cirurgia, a pessoa pode se ver livre das dores e retomar sua rotina tranquilamente.

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