O que um médico não dermatologista tem a ver com câncer de pele?

Matérias Por Conexão Médicos - 10/03/23

Médicos de todas as especialidades podem observar sinais na pele de seus pacientes sugestivas de malignidade e encaminhá-los a um dermatologista para o diagnóstico. Muitos profissionais de outras áreas já dão essa importante contribuição à luta contra o câncer de pele.

Em seu consultório, a Dra. Cintia Rito Ferreira dos Santos, dermatologista da rede credenciada da Amil, costuma receber muitos pacientes encaminhados por outros especialistas. “São profissionais que, em sua prática médica, detectam lesões suspeitas na pele de seus pacientes e os orientam a procurar um dermatologista”, conta a médica.

Em seu consultório, a Dra. Cintia Rito Ferreira dos Santos, dermatologista da rede credenciada da Amil, costuma receber muitos pacientes encaminhados por outros especialistas. “São profissionais que, em sua prática médica, detectam lesões suspeitas na pele de seus pacientes e os orientam a procurar um dermatologista”, conta a médica.

“Antes de sermos um especialista em determinada área da medicina, somos médicos, profissionais dedicados a tratar pessoas. Quando investimos tempo avaliando o paciente de forma global e atenta, conseguimos identificar problemas que podemos nós mesmos tratar ou encaminhá-lo para quem poderá fazer isso”, afirma a Dra. Cintia, que em seu mestrado dedicou-se ao estudo da dermatoscopia e microscopia confocal, exames importantes no diagnóstico de doenças da pele, incluindo o câncer.

Segundo a Dr. Cintia, parte da adesão dos médicos de outras especialidades à luta contra o câncer de pele também se deve às campanhas de conscientização que, ano a ano, vem alertando sobre o aumento considerável da incidência dessa doença, particularmente os melanomas. “O que é interessante é que ainda não sabemos se esse número tem aumentado devido a algum fator epidemiológico ou se a doença passou a ser mais diagnosticada por conta das campanhas de prevenção”, observa ela. “Os próprios pacientes estão mais atentos aos sinais suspeitos do câncer de pele”, lembra.

Para todos – médicos e população em geral – é importante avaliar pintas e sinais seguindo a regra do ABCDE:

  • Assimetria – uma metade do sinal é diferente da outra.

  • Bordas irregulares – contorno mal definido.

  • Cor variável – presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul).

  • Diâmetro – maior que 6 milímetros.

  • Evolução – mudanças observadas em suas características (tamanho, forma ou cor).

De acordo com a Dra. Cintia, estudos demonstram que o carcinoma basocelular e o melanoma, particularmente, estão relacionados a grandes exposições solares ocorridas na infância e adolescência, mas que só irão provocar tumores de pele 10 a 50 anos depois. “Por isso é importante ficar atento às queimaduras na pele provocadas pela exposição ao sol sem proteção do protetor solar. Para o público jovem, a mensagem tem que focar em prevenção, prevenção e prevenção”, afirma ela.

Novidade à vista

Como a maioria dos cânceres, as chances de cura dos tumores de pele aumentam com diagnóstico e tratamento precoces. No caso do câncer do tipo melanoma, o mais agressivo, há novidades no horizonte. Estão na fase 2 os estudos de uma vacina desenvolvida em parceria pelas farmacêuticas Moderna e Merck Sharp and Dohme que promete diminuir o risco de morte pela doença e prevenir recidivas em pacientes que já passaram pelo tratamento do melanoma.

“Usando tecnologia de RNA mensageiro e informações genéticas colhidas em biópsia, essa vacina personalizada aumenta a capacidade do sistema imunológico de detectar e atacar células tumorais, reduzindo em 44% as chances de óbito e retorno da doença”, informa a Dra. Cintia que, assim como a classe médica, está acompanhando atenta às novidades sobre essa inovação.

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