Muito prazer, Dr. Lúcio Colamarino Cury

Perfil Por Conexão Médicos - 26/07/23

Egresso em 2006 da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), o Dr. Lúcio se especializou em Pediatria em 2008 pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e, dois anos depois, em Alergia e Imunologia, pela Unifesp. Também fez um MBA em Gestão em Saúde no Einstein, formação importante para o gerenciamento do Santa Isabella, um ambulatório com atendimento em 14 especialidades pediátricas, além de pronto-socorro infantil com um corpo clínico de 103 médicos, que comanda ao lado do pai. Nesta entrevista ele fala sobre a profissão e sobre sua outra paixão: o surf. Confira.

Por que optou pela Pediatria e Alergologia?

Sempre gostei de crianças. É gratificante atuar como médico junto a esse público, que geralmente apresenta boas respostas aos tratamentos. Quando fazia minha residência em Pediatria na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, via que as crianças eram muito afetadas por problemas respiratórios, muitos deles associados a quadros alérgicos. Isso despertou meu interesse em fazer uma nova especialização na área de Alergologia. O tratamento das alergias respiratórias, quando bem conduzido, traz resultados excelentes. Muitas questões podem ser resolvidas com orientações aos pais e cuidadores e acompanhamento ambulatorial contínuo, longe dos prontos-socorros.

Quais os principais problemas que levam os pacientes a procurá-lo?

Principalmente problemas respiratórios manifetos em crises recorrentes e alergias alimentares, particularmente alergias ao leite e ao ovo.

Que diferenciais considera importantes no atendimento dos seus pacientes?

Faço questão de ter uma boa comunicação para estabelecer uma eficiente relação médico-paciente. Procuro falar a mesma língua das crianças e adolescentes, sempre de um jeito mais lúdico. Com bebezinhos, geralmente não temos problemas. A partir dos seis meses, as crianças começam a estranhar quem não é da família. Até um ano e um ano e meio não tem muita negociação, porque elas não entendem. Mas a partir dos dois anos, quando já começam a desenvolver um raciocínio lógico, podemos investir em estratégias simples, como tirar o jaleco na hora das consultas eletivas para evitar estranhamentos. Também procuro iniciar o contato com brincadeiras, geralmente quando ainda estão no colo da mãe. Nesse momento, começo o exame pela ausculta respiratória, assim consigo auscultar sem elas chorarem. Por outro lado, a comunicação efetiva com os pais e responsáveis é essencial para sensibilizá-los sobre a necessidade de manter o tratamento, fazendo o que é combinado nas consultas. Eles precisam entender as estratégias terapêuticas que serão aplicadas durante certo período, confiando que esse é o caminho para retirar as crianças e os adolescentes do ciclo e idas e vindas dos prontos-socorros.

Tem algum marco especial em sua carreira?

A obtenção dos títulos de especialista em Pediatria e Alergia e Imunologia certamente estão entre as minhas grandes conquistas. Fiz boas escolas e fui muito bem formado. Mas um fato marcante foi a parceria com meu pai, que já tinha uma clínica de pediatria com um bom movimento no bairro de Santo Amaro, na capital paulista, mas só ele trabalhando. Depois que comecei a trabalhar com ele, conseguimos reestruturar a clínica, dando origem a um centro pediátrico com um Pronto-Socorro Infantil 24 horas e um ambulatório que atende 14 especialidades pediátricas, contando com 103 médicos no corpo clínico. Além de imunologia e alergia, temos as especialidades pediátricas de ortopedia, gastro, pneumo, endócrino, cardio, nefro, infecto, dermato, otorrino, hebiatria, cirurgia infantil,  etc. Isso me dá muita satisfação, pois atingimos e promovemos saúde a um número maior de pacientes. Em nosso serviço atendemos cerca de 10 mil consultas por mês.

Qual seu segredo para relaxar e manter uma vida saudável?

Faço esportes, principalmente surf e kitesurf. Vou muito para o litoral sul de São Paulo e, quando estou de férias, para o Ceará, onde venta muito, ou viajo para fora do país com amigos, onde encontramos ondas de melhor qualidade. Quando estou em São Paulo, o jeito é ir para a academia.

Pode contar uma curiosidade sobre você que poucos conhecem?

Muita gente me conhece só como médico, mas eu sou gestor. Tenho um MBA em Gestão em Saúde pelo Einstein.

Tem um filme preferido?

Gosto de filmes de ação.

E livro?

Nação Dopamina, um livro escrito pela psiquiatra Anna Lembke, que fala da nossa relação com a dopamina. Ela conta casos de comportamentos das pessoas associados à dopamina. Esse neurotransmissor influencia em tudo – hábitos, inclusive vícios.

Que tipo de música prefere?

Gosto dos rocks clássicos, como Led Zeppelin, Metallica e Black Sabbath. Mas gosto também de hip hop e reggae.

Qual foi sua melhor viagem?

Maldivas e Indonésia, porque juntam tudo que eu gosto: viagem, natureza e surf perfeito.

Tem um sonho de consumo?

Morar na praia. Hoje ainda não consigo (risos).

Qual característica mais admira em uma pessoa?

Sinceridade.

Qual qualidade própria mais valoriza?

Honestidade.

Tem algum ídolo?

Meu pai. Ele sempre foi referência para mim como pai e como profissional. Ele ainda está na ativa, inclusive atendendo pacientes, mas atua mais na parte financeira e estratégica.

Se não fosse médico, o que seria?

Seria algo associado a administração de empresas. Com minhas atividades em gestão, passei a gostar disso.

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