Muito prazer, Dr. Luis Henrique Rodrigues Tanure

Perfil Por Conexão Médicos - 08/03/23

Urologista especializado em cirurgias oncológicas, o Dr. Tanure é um apaixonado pela profissão que escolheu e faz do exercício da medicina um meio de se realizar como pessoa e de contribuir para sociedade. Fora da vida profissional, curte música, filmes leves e uma boa comida árabe. Com agenda lotada e se desdobrando para encaixar todos os compromissos nas 24 horas do dia, ele planeja encontrar um tempo para retomar a prática de natação. Confira a entrevista.

Em que ano se formou?

Formei-me em 1989, na Faculdade de Medicina de Teresópolis, e fiz residência no Instituto de Urologia e Nefrologia de Niterói. Sou mestre em Cirurgia pela Universidade de São Paulo, fellow em Endourologia pela Universidade Autônoma de Madrid e fellow em Cirurgia Robótica na Cleveland Clinic.

Onde nasceu?

Em Presidente Prudente, no interior paulista.

Por que se tornou médico?

Essa é uma pergunta difícil de responder. Acho que foi por conta da vontade de ajudar e fazer a diferença para sociedade.

Como enxerga o mercado e a profissão de médico atualmente?

Todo mundo está percebendo que existe um número maior de médicos no mercado e com diversos níveis de preparação. Com tal quantidade de médicos, não sabemos como eles serão absorvidos. O desafio será ter lugar para alocar tanta gente. Na minha época, a gente saía da faculdade trabalhando. Hoje não está tão fácil assim. É preciso fazer uma residência e uma pós-graduação para tentar achar espaço no mercado. Outro dia estava brincando com colegas. Meu CRM é 65 mil. O do colega anestesista era 83 mil. De 65 mil para 83 mil eram mais de dez anos transcorridos. Hoje em dia, são quase 15 mil novos médicos no mercado por ano. O crescimento é exponencial. Também existe a questão da distribuição desses médicos no território nacional, que demanda profissionais bem capacitados para atuar no interior. A questão é: como levar os médicos das grandes cidades para o interior?

Qual o seu desafio diário?

Fazer caber tudo o que tenho para fazer em 24 horas. Esse é o meu desafio diário.

Pode contar uma curiosidade sobre você que poucos conhecem?

Sou uma pessoa muito aberta. É difícil ter coisas sobre mim que as pessoas não saibam.

Qual a característica que mais admira em uma pessoa?

De longe, o que mais admiro é a honestidade – uma qualidade que está ficando cada vez mais difícil de achar.

E a que mais abomina?

A desonestidade é a coisa que mais me irrita.

Qual qualidade própria mais valoriza?

A paciência.

Tem um livro preferido?

Não tenho um livro de cabeceira. Gosto desde Sapiens (Sapiens - Uma breve história da Humanidade, de Yuval Harari) até O Príncipe, de Maquiavel. Gosto particularmente de ler livros de história. Atualmente, por exemplo, estou lendo a Era dos Extremos – O breve século XX (1914-1991), de Eric Hobsbawn.

E filme?

Eu gosto de filmes leves. Filme complexo não é a minha praia. Gosto de um bom filme de ação e de romance. Tenho tão pouco tempo para relaxar que prefiro assistir a coisas que me divirtam.

Que tipo de música prefere?

Em questão de música, sou muito eclético. Gosto muito de música clássica, que vai comigo todos os dias no carro, mas também ouço muito música popular brasileira e adoro jazz.

Tem um sonho de consumo?

Meu sonho de consumo é ter tempo para descansar. Talvez minha maior ambição hoje seja ter uma tarde livre. Agora, falando materialmente, acho que não ambiciono nada. Não tenho ambições relacionadas a gastar dinheiro.

Pratica esportes?

Nadei muitos anos. Até 2007 nadava no Esporte Clube Pinheiros. Agora estou tentando voltar.

O que não pode faltar em sua geladeira?

Eu como absolutamente de tudo. Meu apelido era avestruz na faculdade por conta disso. Gosto particularmente de comida árabe, a culinária das minhas origens familiares. Também gosto muito de frutos do mar.

Mudaria algo na sua personalidade?

Gostaria de dizer mais ‘nãos’. Não conseguir dizer não é um defeito na minha personalidade.

Qual foi sua melhor viagem?

Teve uma viagem que fiz em 2018 junto com minha esposa e meus filhos (uma menina e um menino). Ficamos vinte e tantos dias viajando pela Tailândia. Essa foi a melhor viagem não pelo fato de termos ido à Tailândia ou estarmos em uma paisagem exótica, mas porque pudemos ficar juntos o tempo todo e sem celular.

Tem algum ídolo?

Meu pai, a pessoa que mais me influenciou.

Se não fosse médico, o que seria?

Eu queria ser veterinário, mas por influência do meu pai acabei virando um médico. Meu pai era um empresário, mas ele admirava a Medicina.

Qual recado daria a um estudante de Medicina?

Ainda vejo muita gente falando assim: vou fazer Medicina porque quero ganhar dinheiro. Primeiro que não é mais assim. Foi no passado, porque existia uma falta de profissionais no mercado. O que importa mesmo é abraçar essa profissão procurando satisfazer-se como pessoa e buscando sempre tentar ajudar a sociedade. Medicina é vocação. É uma profissão que exige doação e estudo a vida inteira. É preciso compromisso sempre com a Ciência e com a saúde dos enfermos.

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