Muito prazer, Dr. Miguel Lenza

Perfil Por Conexão Médicos - 09/03/23

Ortopedista e traumatologista, o Dr. Miguel conta nesta entrevista o que o levou a se dedicar a essa especialidade e destaca avanços importantes nessa área. Ele fala de suas atividades assistenciais e de estudos de aperfeiçoamento, que absorvem boa parte de seu tempo. Mas ele também encontra espaço para curtir viagens e outros focos de interesse na vida pessoal.

Formado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, onde recebeu uma formação sólida e diversificada, o Dr. Miguel Lenza fez residência em Ortopedia no Hospital Anchieta, em São Paulo, e nunca mais parou de estudar. Fez diversos cursos no Brasil e no exterior, aprimorando aquele que se tornou o foco principal de sua atividade: as cirurgias de pé e tornozelo, se atualizando sempre com as modernas abordagens, como a cirurgia percutânea de pé, que realiza atualmente. Mas o Dr. Miguel tem outra especialidade que poucos conhecem: é um mestre na arte de fazer pães, tendo se tornado o padeiro oficial da família. Confira a entrevista.

Em que ano se formou?

1966

Onde nasceu?

Ribeirão Preto, São Paulo.

Por que se tornou médico?

A chegada da Faculdade de Medicina da USP a Ribeirão Preto contagiou a cidade. Era um clima muito positivo e entusiasmado em torno da instituição. Meu pai, embora fosse contador, também sempre teve interesse por medicina. Tudo isso me influenciou. Hoje, eu não saberia ser outra coisa.

Como enxerga o mercado e a profissão de médico atualmente?

Existem inúmeras faculdades, muitas sem condições de promover uma formação adequada, com currículo completo, proporcionando conhecimentos abrangentes e importantes para a base teórica do médico. Outro problema relacionado às muitas graduações disponíveis é a dificuldade de fazer residência, principalmente em instituição de alto nível. É uma situação complicada. Não sei como será resolvida.

Qual o seu desafio diário?

É dar minha dedicação máxima para atender o paciente da melhor forma possível e resolver cada caso. Pela minha própria formação, enxergo o paciente de forma ampla e integral, o que ajuda no direcionamento e na eficiência do tratamento.

Pode contar uma curiosidade sobre você que poucos conhecem?

Em casa, faço todos os pães que consumimos. Meu interesse começou em uma padaria de Nova York e passei a estudar o assunto. Acabei me tornando o padeiro oficial da família. Minha netinha só come o pão do vovô.

Qual característica mais admira em uma pessoa?

Diante de situação atual de nosso país, prezo pela ética e honestidade. Precisamos valorizar esses atributos.

E o que mais abomina?

Desonestidade.

Mudaria algo na sua personalidade?

Não mudaria nada. Olho para minha trajetória e estou satisfeito.

Tem um livro preferido?

Já li muito vários estilos de livros, mas atualmente só estudo. Não sobra tempo para uma leitura mais amena, de distração.

E filme, algum favorito?

Dom Camilo, uma série de filmes que acompanhava no cinema, na minha adolescência, foi muito marcante. Também tenho no rol de preferidos o filme Casablanca e Um Homem e uma Mulher, este pela trilha sonora maravilhosa. Mais recentemente, gostei muito de Fatal.

Que tipo de música prefere?

Jazz e bossa nova e Beatles.

Tem um sonho de consumo?

Não.

Pratica esportes?

Até antes da pandemia, eu jogava futebol com uma turma de garotos de 18, 20 anos, em um campo oficial de 80 metros. Agora estou um pouco forma de forma.

O que não pode faltar na sua geladeira?

Como muito verduras, leite e queijos. Mas o que não pode faltar mesmo é vinho na minha adega.

Tem algum ídolo?

Não. O que tenho é a referência de várias pessoas importantes que passaram pela minha vida e influenciaram um pouco o que sou.

Qual foi sua melhor viagem?

Viagens sempre são marcantes. Algumas têm algo especial, como um roteiro que fiz de Nova York a Paris e volta a Nova York e Boston. Outra foi na Inglaterra. Entre as cidades que conheci lá, Liverpool proporcionou um roteiro de locais marcantes da carreira dos Beatles. Foi bem emocionante.

Se não fosse médico, o que seria?

Não sei. Não tenho resposta.

Qual recado daria a um estudante de Medicina?

É preciso focar no que deseja para a carreira e se dedicar intensamente para conseguir, mantendo sempre aquele rumo. Na medicina, é muito fácil se dispersar. Se não houver um esforço focado, o médico nunca alcançará um alto nível no que se dispôs a fazer.

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