Muito prazer, Dr. Murilo Drummond

Perfil Por Conexão Médicos - 09/03/23

Dermatologista com uma longa e reconhecida carreira na área militar, o Dr. Murilo hoje divide seu tempo entre os dois consultórios e as aulas na pós-graduação médica, mas faz questão de buscar um equilíbrio entre vida profissional e pessoal, incluindo espaço para outras atividades, entre elas torcer pelo Flamengo, o time do coração.

Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Dr. Murilo Drummond fez especialização em Dermatologia na Santa Casa de Misericórdia e, em seguida, mestrado na URFJ. Destacou-se na carreira militar ao assumir, em 1981, a chefia do serviço de Dermatologia do Hospital Naval Marcílio Dias, que sob o seu comando foi o primeiro hospital das Forças Armadas credenciado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, ajudando a formar novos especialistas e gerando muita produção cientifica. Em 2003, concluiu o MBA Executivo em Saúde pelo Instituto Coppead de Administração da URFJ. Hoje, se divide entre suas duas clínicas, na Barra da Tijuca e em Ipanema, além de ser professor titular da pós-graduação do Instituto Carlos Chagas. Nesta entrevista, ele fala sobre a profissão e também conta curiosidades, como o hábito de digitar o diagnóstico antes de examinar o paciente e, depois, ver se acertou. Confira.

Em que ano se formou?

Conclui minha graduação em 1979.

Onde nasceu?

Na cidade do Rio de Janeiro.

Por que se tornou médico?

Na época, ou você fazia Medicina ou Engenharia. Eu via meu pai, que é neurocirurgião, operar e me interessei. Então foi natural optar pela área médica. Já a Dermatologia foi uma escolha influenciada pela paixão de meus professores pela especialidade.

Como enxerga o mercado e a profissão de médico atualmente?

A pandemia atrapalhou um pouco algumas atividades médicas, mas há uma recuperação ocorrendo, ainda que lentamente. Contudo, observo uma redução da valorização do médico. O prestígio maior hoje é de quem faz uma boa mídia social. Mas o médico sempre terá trabalho, porque é um mercado amplo, com novas tecnologias surgindo a cada dia. Quem faz uma medicina de qualidade sempre terá portas abertas.

Qual o seu desafio diário?

Entender as necessidades dos pacientes e me fazer entender por eles. Esse é um desafio diário frente à dificuldade cada vez maior da relação entre médico e paciente, originada pela banalização da Medicina. O paciente marca consulta e não vai, não sabe o nome do médico que o atende, usa o celular enquanto você está explicando a receita. Temos de resgatar uma relação médico e paciente para entendê-lo e nos fazer ouvir.

Pode contar uma curiosidade sobre você que poucos conhecem?

É um hábito antigo digitar o diagnóstico logo que o paciente senta na minha frente, antes de examiná-lo. É uma aposta comigo mesmo. Depois, confiro se acertei e, na maioria das vezes, estou correto. É um bom exercício para suas habilidades.

Qual característica mais admira em uma pessoa?

Ser transparente em atos e palavras, sem que os demais precisem interpretar suas intenções.

E o que mais abomina?

Falta de caráter.

Mudaria algo na sua personalidade?

Sou muito autocrítico, então me cobraria menos.

Tem um livro preferido?

A série de histórias do Arsène Lupin, personagem criado pelo escritor francês Maurice Leblanc.

E filme, algum favorito?

O Guarda-Costas, com Kevin Costner e Whitney Houston.

Que tipo de música prefere?

Gosto de todos os tipos de música. Ouço principalmente quando estou dirigindo.

Tem um sonho de consumo?

Quero trabalhar por muito mais tempo, mas sem exageros, mantendo o equilíbrio com a vida pessoal. Um primeiro passo foi passar a atender por telemedicina uma vez na semana. Atendo vestindo camisa, shorts e chinelo.

Pratica esportes?

Tênis e corrida.

O que não pode faltar na sua geladeira?

Coca-Cola Zero.

Tem algum ídolo?

Flamengo, o “Mengão”.

Qual foi sua melhor viagem?

Foi para a África do Sul com minha filha, antes dela se casar. Ficamos hospedados em um hotel na selva, e tive a oportunidade de mergulhar com um tubarão branco. Fantástico!

Se não fosse médico, o que seria?

Engenheiro.

Qual recado daria a um estudante de Medicina?

Siga a profissão por amor e não por dinheiro. Ganho financeiro é uma consequência.

Posts relacionados

Ver mais
.