Muito prazer, Dr. Pablo Roberto Novik

Perfil Por Conexão Médicos - 08/03/23

Fascinado pela medicina desde criança, o Dr. Pablo, ginecologista, obstetra e cirurgião da rede credenciada Amil, está sempre conectado às questões que desafiam os profissionais da área, como a conquista da sustentabilidade do setor. Além da paixão pela profissão, ele gosta de curtir a família, seus dois cães e praticar corrida de rua, como ele nos conta nesta entrevista.

Em que ano se formou?

Em 1993, pela Faculdade de Medicina da USP. Fiz especialização em Ginecologia e Obstetrícia, depois mestrado em Oncologia, tendo trabalhado no Hospital A. C. Camargo Cancer Center por mais de uma década.

Onde nasceu?

Em Buenos Aires, Argentina. Sou filho de argentinos, mas vim para o Brasil com um ano de idade. Sou naturalizado brasileiro.

Por que se tornou médico?

Desde a infância a medicina me fascinava. Minha família sempre teve médicos. Meus tios, pessoas que eu sempre admirei muito, exerceram uma forte influência. Quando pequeno, ficava admirado como os médicos podiam cuidar de alguém que, às vezes, nem conheciam. Às vezes com remédio, às vezes até sem remédio, conseguiam que uma pessoa que estava se sentindo mal passasse a se sentir bem. Sempre me chamou a atenção essa capacidade de atuar em prol dos indivíduos e da sociedade em geral.

Como enxerga o mercado e a profissão de médico atualmente?

O grande desafio da medicina contemporânea no que diz respeito à relação médico e paciente ou médico e fonte pagadora é conseguir que essa relação ocorra a partir de uma economia sustentável.

Qual o seu desafio diário?

Fazer o dia durar mais que 24 horas.

Pode contar uma curiosidade sobre você que poucos conhecem?

Tenho um grande interesse por plantas. Sou estudioso de temas relacionados ao plantio de árvores. Nas horas vagas, de relaxamento, gosto de ficar com meus cães, Scooby-Doo e Daphne, ambos da raça terrier brasileiro, antigamente conhecida como fox paulistinha.

Qual a característica que mais admira em uma pessoa?

Valorizo o empenho para fazer bem feito, a retidão no comportamento, o respeito ao próximo, saber ouvir uma crítica e fazer a própria autocrítica.

E a que mais abomina?

Arrogância, desdém para com o próximo, desequilíbrio, fazer o que sabe que é errado, descumprir leis e regras sociais e envolver-se com corrupção são todos motivos para tornar uma pessoa intolerável.

Qual qualidade própria mais valoriza?

Fraternidade e amizade.

Tem um livro preferido?

Gosto muito de livros de suspense e terror, principalmente de Edgar Alan Poe. Ele é um sujeito que escreve e consegue te colocar numa situação de medo e ansiedade. Também aprecio o suspense policial. Já li quase tudo de Agatha Christie.

E filme?

De modo geral, eu gosto muito dos filmes noir, aqueles filmes antigos em preto e branco com Humphrey Bogart. Acho que esse gosto se deve ao fato de ter assistido a muitos desses filmes na minha infância com meu pai. Também vi filmes dos comediantes Oliver, Laurel e Buster Keaton. Charlie Chaplin, diferentemente de Keaton, já tem uma pegada de crítica social muito forte. Acho que quando era pequeno não entendia tanto como comédia. Mas todos esses filmes e atores me marcaram e até hoje assisto e revejo esses filmes mais antigos.

Que tipo de música prefere?

Sou eclético. Música clássica não é minha predileção. Mas se for para falar desse estilo, eu gosto de algo como Toccata e Fuga, de Bach, músicas mais tétricas e religiosas, que combinam muito com Edgar Alan Poe. Ainda no clássico, gosto de alguns guitarristas que tocam o clássico na guitarra pesada, como o sueco Yngwie Malmsteen. No rock, a minha base foi ouvindo Beatles e, principalmente, Elvis Presley, que para mim, inegavelmente, foi o sujeito que revolucionou no século 20 a maneira que a gente escuta música. E, claro, também ouço jazz, blues, soul music, reagge e pop, como Michael Jackson e Bruno Mars, que é o grande herdeiro do Michael Jackson. Gosto até de disco. E tem o tango também, que foi influência da família argentina. Tangos antigos e clássicos, como os de Gardel e Julio Sosa.

Tem um sonho de consumo?

Ir para Israel. Todo ano eu repito: ano que vem, vou para Jerusalém. Até rima.

Pratica esportes?

Sei jogar tênis. No início da faculdade também fiz atletismo, tendo inclusive participado de alguns torneios. Hoje, faço ginástica e o que tem mais a ver com atletismo e que não tem muito problema de horário para fazer: corrida. Eu saio para correr longas distâncias e faço corrida de rua.

O que não pode faltar em sua geladeira?

A carne do meu churrasco.

Mudaria algo na sua personalidade?

Aprender a dizer não.

Tem algum ídolo?

Nikola Tesla.

Qual foi sua melhor viagem?

Minha melhor viagem? Vou contar o contexto para explicar o porquê. Logo depois do casamento, falei para minha esposa que eu precisava visitar um parente e pedi para ela me acompanhar até o aeroporto. Eu tinha feito a minha mala e posto coisas dela dentro, e ela não sabia. Estava com todos os documentos e fiz o check-in sem ela perceber. Na hora de embarcar, pedi para ela me acompanhar. Ela disse: ‘mas eu não posso, eu não trouxe mala, estou mal vestida’. Brinquei dizendo que o problema era dela. Entramos no avião e fomos passar a lua de mel em Buenos Aires. Ela ficou tão surpresa que não sabia se ria, chorava ou ficava emocionada.

Se não fosse médico, o que seria?

Eu tenho uma lista grande. Cheguei a entrar na faculdade de Psicologia e desisti no primeiro ano porque não conseguia fazer ao mesmo tempo que o curso de Medicina. Também gostava muito de Genética e até hoje gosto muito de Física, que utilizo na Medicina. Seria também, por incrível que pareça, um agricultor. É apaixonante a vida do trabalhador do campo. E se falasse o que gosto de plantar, seria mais estranho ainda: árvores.

Qual recado daria a um estudante de Medicina?

O mesmo que ouvi do meu pai, uma frase de Confúcio: faça o que você gosta e não precisará trabalhar mais nenhum dia em sua vida.

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