Muito prazer, Dra. Ana Silvia Seki

Perfil Por Conexão Médicos - 08/03/23

Ginecologista com doutorado em Uroginecologia, a Dra. Ana tem uma agenda de múltiplas atividades: o atendimento das pacientes em seu consultório, as complexas cirurgias de assoalho pélvico e a participação em pesquisas importantes para os avanços em tratamentos uroginecológicos. A medicina é uma de suas paixões. A outra é a música, mas o sonho de aprender a tocar piano ainda aguarda tempo livre na agenda para ser realizado.

Em que ano se formou?

Em 1985, pela PUC de Sorocaba (SP).

Onde nasceu?

Nasci em Osasco, cidade da Grande São Paulo. Fui para Sorocaba para estudar e hoje resido na capital paulista.

Por que se tornou médica?

Era uma profissão muito valorizada na minha família. Isso, com certeza, teve certa influência, mas a decisão foi baseada no meu gosto pela Ciência, no meu interesse sobre o funcionamento do corpo humano e por tudo o que era ligado à Medicina. Quando criança um amiguinho se machucava, eu ia perto para ver e acompanhar tudo que ia ser feito.

Como enxerga o mercado e a profissão de médico atualmente?

Continua sendo uma das mais belas profissões, hoje contando com maior acesso a informações científicas e atualizações pela facilidade da internet, o que permite maior embasamento nos estudos e pesquisas. Na época em me formei era muito diferente. Nossas pesquisas eram feitas em livros, um trabalho exaustivo para reunir informações, além do difícil acesso às atualizações.

O mercado é e sempre será muito bom, pois é uma profissão muito necessária na sociedade. Acho que, cada vez mais, será destacada a área de medicina preventiva, que busca prevenir ou detectar o risco de enfermidades antes que elas acontecerem por meio de pesquisa de marcadores de doenças, estudo de genoma etc. Tudo isso é o futuro.

Qual o seu desafio diário?

Manter-me atualizada é um desafio constante. É preciso buscar informações, estudar e pesquisar continuamente. Estou muito envolvida com pesquisa científica e também procuro levar os conhecimentos para o dia a dia no atendimento das minhas pacientes. A pesquisa é um trabalho voluntário, que exige um planejamento para garantir o suporte financeiro.

Pode contar uma curiosidade sobre você que poucos conhecem?

Gosto muito de artes, música em especial. Gostaria de ter aprendido a tocar piano. Tenho muito interesse, mas pouco tempo disponível. Se a semana tivesse oito dias, com certeza eu dedicaria à música o dia adicional.

Qual a característica que mais admira em uma pessoa?

Leveza. Gosto e admiro pessoas leves, tranquilas, que levam a vida com serenidade.

E a que mais abomina?

Grosseria não cabe em nenhuma situação, por mais estressante que seja. É o pior que pode acontecer em uma relação humana, seja qual for.

Qual qualidade própria mais valoriza?

Sempre tive muita força de vontade. Esforço-me ao máximo para fazer o melhor na vida pessoal e profissional.

Tem um livro preferido?

Gosto de muitos gêneros. Um dos meus títulos preferidos é Forrest Gump, de Winston Groom, que originou o filme. Tem muitas alusões a fatos históricos. É bem interessante.

E filme?

Adoro Forrest Gump, naturalmente. Mas gosto de filmes de suspense, policial, românticos, documentários e obras baseadas em fatos reais. Também gosto muito de séries e minisséries. Atualmente, destaco The Crown, que conta a história da família real britânica. É uma série muito bem feita e que ajuda a entender um pouco mais a vida dos monarcas.

Que tipo de música prefere?

Gosto de todos os estilos musicais, mas pop/rock é meu preferido, por ser animado, alegre. Também adoro violino e música instrumental.

Tem um sonho de consumo?

Viajar é sempre bom, seja qual for o destino, é muito bom conhecer pessoas e lugares. Quero visitar o Japão, terra do meu pai.

Pratica esportes?

Desde pequena sempre fui competitiva. Em Osasco, jogava vôlei. Na faculdade, jogava de tudo – vôlei, handebol... Hoje pratico corrida sempre que tenho um tempo, de preferência no litoral, e faço academia. Mas tenho que ter cuidado com a modalidade para preservar as mãos, pois sou cirurgiã.

O que não pode faltar em sua geladeira?

Queijo. Todos os tipos de queijos.

Mudaria algo na sua personalidade?

Acho que seria bom levar as coisas um pouco menos a sério, abstrair certos acontecimentos. Ainda me chateio com algumas grosserias, mas gostaria de conseguir dar risada desse tipo de coisa.

Tem algum ídolo?

Presto muita atenção a tudo o que o Papa Francisco fala e escreve. Não acompanhava antes a vida dos papas, mas ele é uma pessoa muito especial, muito humano e sábio.

Qual foi sua melhor viagem?

Tive muitas viagens bacanas. Uma das mais legais foi à Terra Santa, Jerusalém, para conhecer a região onde Jesus Cristo nasceu, pregou e foi enterrado. Foi muito especial, uma experiência linda. Outra marcante foi para Berlim, onde conhecemos toda a história da divisão das Alemanhas após a II Guerra Mundial.

Se não fosse médica, o que seria?

Iria me dedicar à música. Seria cantora, pianista ou alguma coisa na área.

Qual recado daria a um estudante de Medicina?

O fundamental é gostar da profissão. Medicina envolve muitas coisas difíceis, e é preciso gostar de lidar com pessoas. Os futuros médicos devem refletir sobre isto: é preciso estar próximo do paciente, gostar de ouvir, de atender, de exercer sua profissão e ficar feliz ao fazê-lo. Sem felicidade, é melhor repensar a escolha.

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